Coleção “Hana-Bi”, de Cecilie Bahnsen, é uma retrospectiva poética
Uma viagem emocional que marca a década de sua label.
Resumo
- A coleção “Hana-bi”, de Cecilie Bahnsen, celebra dez anos de sua grife
- O desfile apresentou tecidos de arquivo reinventados em novas composições
- Os looks misturaram broderie anglaise a sedas matelassadas e vieram acompanhados de tênis ASICS bordados
Durante a Copenhagen Fashion Week, Cecilie Bahnsen comemorou dez anos de sua marca homônima com um desfile tocante, batizado de “Hana-bi” — palavra japonesa para “fogos de artifício”. Com o pano de fundo da paisagem industrial de Refshaleøen, em Copenhague, o show refletiu a tensão que é marca registrada da grife: a dualidade entre fragilidade e força.
Uma enxurrada de branco luminoso abriu a coleção antes de evoluir para o prata — mudança cromática que simboliza evolução e renovação. Recorrendo a uma década de criações, Bahnsen escancarou seu arquivo e teceu um diálogo tátil entre passado e presente. Frente de broderie anglaise encontrou costas de seda matelassada; saias etéreas revelaram hot pants de paetês; silhuetas conhecidas surgiram invertidas ou remontadas — cada look, uma ode escultórica à construção em nível de alta-costura e a um poder emocional contido.
O tecido foi o fio narrativo: organza Myrtia, fil-coupé Fiama e tafetá matelassado de coleções passadas reapareceram em novas composições. A maior parte dos looks nasceu instintivamente, moldada à mão, guiada mais pela intuição do que pela sazonalidade. Até o calçado entrou nessa linguagem de transformação: tênis ASICS brancos — marco da longa colaboração da grife — ganharam bordados, foil metálico e forros desconstruídos. O desfile se desenrolou como um poema físico, embalado por uma trilha envolvente de August Rosenbaum e Beth Gibbons, enquanto as modelos deslizavam por névoa e luz em movimentos quase pictóricos.
Mais do que uma retrospectiva, “Hana-bi” foi uma carta de amor a Copenhague e um gesto de gratidão a todos que fizeram parte da evolução da marca. Convidados selecionados vestiram peças do arquivo, tornando-se parte da imagem viva do desfile e diluindo a fronteira entre plateia e passarela. A coleção pode ser comprada diretamente da passarela ou mediante horário marcado na recém-inaugurada boutique de Bahnsen em Copenhague. Para saber mais, acesse o site oficial da grife.
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