ALLDAY PROJECT: Cinco Universos Explosivos Sem Fronteiras
O novo grupo misto da THEBLACKLABEL conversou com a Hypebeast sobre como unem suas “linguagens” e estilos únicos para criar uma voz coletiva.
ALLDAY PROJECT: Cinco Universos Explosivos Sem Fronteiras
O novo grupo misto da THEBLACKLABEL conversou com a Hypebeast sobre como unem suas “linguagens” e estilos únicos para criar uma voz coletiva.
A cena do K-pop há muito tempo segue uma fórmula de perfeição: enredos minuciosamente elaborados, coreografias impecáveis e vocais irretocáveis. Agora, o novo grupo misto da THEBLACKLABEL, o ALLDAY PROJECT, questiona esse modelo com uma pergunta instigante: “Que tipo de sinergia nasce quando artistas já consagrados se reúnem?”
O grupo rompe totalmente com o sistema tradicional de formação do K-pop. Reúne cinco profissionais experientes, cada um com uma trajetória singular — de um coreógrafo de ponta, uma bailarina de dança contemporânea, um rapper do Show Me the Money a uma finalista de um grande reality de audições e até mesmo a uma estudante da Columbia University. São peças improváveis de um quebra-cabeça, irregulares, mas que juntas sugerem um potencial enorme.
Como esses cinco artistas aprenderam a compreender as linguagens únicas uns dos outros e a criar uma voz coletiva? A Hypebeast sentou-se com ANNIE, TARZZAN, BAILEY, WOOCHAN e YOUNGSEO do ALLDAY PROJECT para explorar o estranho e fascinante centro do universo deles e descobrir.
Diante das enormes expectativas de fazer parte da THEBLACKLABEL e trabalhar com TEDDY, como conciliar essa pressão com o privilégio dessa oportunidade?
BAILEY: Estar cercada por tantos artistas incríveis na THEBLACKLABEL naturalmente gera pressão, mas tento encará-la como um privilégio. Sempre sonhei em evoluir por meio de desafios e tempos difíceis.
ANNIE: Em vez de sentir pressão, fiquei genuinamente empolgada por fazer parte do legado da THEBLACKLABEL e do nosso produtor, TEDDY. Em vez de deixar que as expectativas me puxassem para baixo, usei-as como combustível para aprimorar minhas habilidades e crescer como artista.
YOUNGSEO: É claro que havia a pressão que acompanha essas expectativas, mas senti a mesma dose de confiança. A empolgação e a vontade de mostrar quem somos ao mundo só cresciam.
Vocês já são profissionais consagrados em áreas diferentes. Como conseguiram conectar suas “linguagens” e estilos para criar uma sinergia única como grupo?
YOUNGSEO: Naturalmente, vivemos vidas diferentes e temos personalidades distintas. Mas não acho que tenha exigido muito esforço — simplesmente respeitamos e reconhecemos as diferenças uns dos outros desde o começo.
BAILEY: Sinceramente, acho que essa é uma das maiores forças do ALLDAY PROJECT. Criativa, cultural e até pessoalmente, viemos de mundos completamente diferentes. Procuramos usar isso a nosso favor, criando algo mais rico e dinâmico. O processo de ouvir, observar e nos adaptar levou tempo — e ainda está em curso. Mas, com ele, crescemos não só como artistas, mas também como pessoas. O que amo no ALLDAY PROJECT é que não tentamos virar a mesma pessoa; estamos aprendendo a nos mover como um só, preservando nossas identidades individuais.
ANNIE: Apesar das trajetórias distintas, compartilhamos os mesmos objetivos e a mesma visão desde o início. Esse respeito mútuo e a vontade de entender uns aos outros foram fundamentais para nos tornarmos um time forte e coeso. Na verdade, acho que são justamente essas diferenças que fazem a magia acontecer — e que tornam o ALLDAY PROJECT verdadeiramente especial.
A dinâmica do grupo vai muito além de simplesmente ter homens e mulheres juntos. Como essa sinergia distinta se reflete na identidade da música e nas performances de vocês?
WOOCHAN: Cada integrante tem um ponto de vista bem definido, mas todos compartilhamos o desejo de perseguir o que é cool. Estejamos no palco ou no estúdio, esse valor comum gera sinergia. Quando estamos compondo, essa soma de experiências e perspectivas tão diversas resulta naturalmente em letras mais ricas e muita energia.
YOUNGSEO: Colocamos opiniões diferentes na mesa e trabalhamos juntos para encontrar um meio-termo; assim, nossa música reflete nós cinco — nossos gostos, nossas cores — sem pender demais para nenhum lado. Isso é o que a mantém fresca e nova.
BAILEY: Fazer parte de um grupo misto amplia demais nosso escopo criativo. Não repartimos papéis por gênero — misturamos perspectivas, energias e emoções para criar algo mais completo e tridimensional. Especialmente como dançarina, ganhei muito: estar cercada de energias tão diversas me ajudou a abraçar, com mais liberdade, tanto o lado feminino quanto o masculino dos meus movimentos.
O single de estreia, “FAMOUS”, fala literalmente sobre fama. Como o ALLDAY PROJECT define “sucesso”?
YOUNGSEO: Para mim, sucesso não é apenas ficar famoso; é alcançar os objetivos que realmente importam. Quero mostrar tudo o que posso no palco e deixar uma impressão duradoura em quem nos assiste.
BAILEY: Para o ALLDAY PROJECT, “FAMOUS” não fala da fama em si; é mais uma declaração de que começamos um novo capítulo. Cada um de nós já tinha seu próprio caminho e carreira antes disso — e agora sentimos que estamos, de fato, na linha de partida.
ANNIE: Para mim, sucesso é poder continuar fazendo o que amamos enquanto trocamos energia positiva com os fãs. Não tem a ver com fama, e sim com conexão. Com nossa música, quero que as pessoas se sintam encorajadas a serem sua versão mais autêntica e ganhem autoconfiança.
Como vocês pretendem lidar com as expectativas que recaem sobre o grupo e, ao mesmo tempo, manter o rumo que desejam seguir?
WOOCHAN: No fim das contas, queremos conquistar o público com aquilo que desejamos fazer. Quando nos reunimos pela primeira vez, tínhamos o objetivo de apresentar um novo paradigma ao K-pop. A vontade de fazer algo que ainda não tinha sido feito era enorme.
TARZZAN: Como escrevemos e produzimos nossas próprias músicas, às vezes tudo acaba pendendo mais para o nosso lado. Mas a empresa nos ajuda a encontrar o ponto de equilíbrio — o meio-termo entre atender às expectativas do público e apresentar algo novo.
O ALLDAY PROJECT é único por reunir artistas que já têm carreira feita. Como suas histórias pessoais e trajetórias anteriores influenciam a dinâmica e a identidade coletiva que estão construindo juntos?
BAILEY: Eu costumava imaginar viver esse tipo de vida, mas fazê-lo de verdade ainda parece surreal. Quando coreografava para outros artistas, mergulhava completamente no universo deles. Agora que conto minha própria história, sinto um senso maior de pertencimento, mas também uma nova vulnerabilidade e uma pressão que eu sempre quis experimentar.
WOOCHAN: Show Me the Money 6 me lançou em um verdadeiro campo de batalha muito cedo. Precisei aprender presença de palco, raciocínio rápido e habilidades de sobrevivência — nutrientes que moldaram quem sou hoje.
TARZZAN: Sempre tive um desejo vago pelo hip-hop. Com o tempo, ao continuar perseguindo o que realmente queria, virei cantor. Mesmo agora, sinto que ainda estou correndo atrás desse sonho.
ANNIE: Curso História da Arte na universidade e vejo um paralelo evidente entre o que aprendo academicamente e a minha própria arte. No palco, tento deixar de lado a pressão de “acertar tudo” e me concentrar completamente no momento. Manter cada esfera separada me ajuda a permanecer com os pés no chão e totalmente presente.
YOUNGSEO: As pessoas costumam dizer que pareço chique e frio no palco. Mas, fora dele, sou bem bobo e desengonçado — honestamente, um pouco bagunçado.
Vamos a um jogo rápido de associação de palavras. O que significa “debut” para WOOCHAN, “cantar” para YOUNGSEO, “dança” para BAILEY, “palco” para TARZZAN e “ALLDAY PROJECT” para ANNIE?
WOOCHAN: Significa apertar o botão “start”. O modo treino acabou e agora o jogo de verdade começa.
YOUNGSEO: Cantar foi o que me permitiu sonhar.
BAILEY: Para mim, a dança é o motivo pelo qual preciso de terapia — e, ao mesmo tempo, a melhor terapia que existe. É a minha linguagem.
TARZZAN: O palco é como um amigo. Eu o vejo sempre; às vezes brigamos, às vezes ele me decepciona — mas está sempre lá.
ANNIE: Um sonho realizado.

















