UMG Classifica Processo de Drake por 'Not Like Us' como Tentativa de Salvar a Aparência
A gravadora entrou com uma moção para rejeitar o processo de difamação movido pelo rapper.
Universal Music Group (UMG) respondeu oficialmente ao processo movido por Drake envolvendo a faixa de diss de Kendrick Lamar chamada “Not Like Us”, acusando Drake de “tentar salvar a cara” após perder uma briga de rap para Dot.BillboardReporta que a gravadora entrou com uma moção na segunda-feira, 17 de março, para rejeitar o processo, afirmando que as acusações de Drizzy contra ela são “sem mérito”, já que ele entrou com o processo por difamação apenas por conta da vergonha pública que sofreu.
“O autor, um dos artistas mais bem-sucedidos de todos os tempos, perdeu uma batalha de rap que ele mesmo provocou e na qual participou voluntariamente”, escreveram os advogados da UMG. “Em vez de aceitar a derrota como o artista de rap despreocupado que costuma afirmar ser, ele processou sua própria gravadora numa tentativa equivocada de curar suas feridas.”
A gravadora acrescentou que Drake igualou o jogo na disputa de rap ao escrever “insultos hiperbólicos” e “alegações vitriólicas” contra Lamar em suas próprias faixas de diss, algumas das quais continham acusações de violência doméstica e a possibilidade de Dave Free, cofundador da pgLang de Lamar, ter sido o pai do filho do rapper com sua parceira Whitney Alford. A UMG afirmou que as letras de “Not Like Us” estão protegidas pela liberdade de expressão conforme a Primeira Emenda e, embora contenham observações exageradas, o uso de linguagem hiperbólica e metafórica em tais faixas é comum — inclusive nas próprias produções de Drake. “Faixas de diss são uma forma de arte popular e celebrada, centrada em insultos absurdos, e seriam severamente inibidas se o processo de Drake fosse permitido”, continuou a UMG.
A UMG argumentou que o lirismo de Dot pode ser considerado como um exagero retórico ou opinião, que pode ter conotações negativas, mas que afirmações exageradas e opiniões pessoais não são consideradas no tribunal, já que a difamação só se aplica a declarações falsas apresentadas como fatos. A gravadora ainda mencionou que Drake apoiou publicamente, em 2022, uma petição que condenava o uso de letras de rap como prova factual em processos criminais. “Como Drake reconheceu, quando se trata de rap, ‘a obra final é um produto da visão e imaginação do artista’”, declarou a UMG. “Drake estava certo naquela época e está errado agora. As alegações injustificadas da denúncia contra a UMG não passam de uma tentativa de Drake de salvar a cara por sua batalha de rap malsucedida contra Lamar. O tribunal deve conceder a moção da UMG e indeferir a queixa com prejuízo.”
“Drake tem se mostrado satisfeito em usar a plataforma da UMG para promover faixas com ataques igualmente incendiários contra Lamar”, acrescentou a UMG. “Mas agora, depois de perder a batalha de rap, Drake afirma que ‘Not Like Us’ é difamatório. Não é.”
O rapaz acusou anteriormente a UMG, sua própria gravadora, de difamá-lo ao promover de forma antiética “Not Like Us”, apesar da música conter uma “narrativa maliciosa” que o retratava como pedófilo.

















